Tudo
acontece pelo comando de Deus? Sim, correto, pois tudo faz parte de Deus; nada
escapa a Ele. Mas, nós somos Deus em ação, somos cooperadores de Deus. Se
queremos um mundo de amor, ordem e progresso, temos que lançar mão das
"armas" da Justiça Divina e combater o bom combate. Os anjos e
Arcanjos carregam suas espadas e escudo na batalha, onde o Universo é o grande
cenário, para manter a ordem e a paz. A Divina Mãe Durgā carrega em seus braços oito armas, uma em cada um de seus
oito braços. E o que dizer de Kālī,
que segura os crânios da ignorância em suas mãos! Kṛiṣhṇa evocou o grande guerreiro Arjuna a lutar, porque era inevitável a batalha, quando este,
genuflexo, desistiu da luta ao ver seus parentes, mestres e pessoas que tanto
admirava do lado oposto. Batalhas contra os usurpadores da liberdade e
felicidade dos seres também são travadas no mundo espiritual!
Não
cabe ao momento a atitude passiva de que Deus fará por nós. Vamos acordar! Deus
age através de nós! Com amor e bondade no coração, com ordem e justiça em nossos
braços e mãos, e fé e coragem em nossas pernas e pés, porque estas formam os
nossos alicerces, temos que nos sobrepor às forças repressoras e destruidoras
de nossa liberdade e fazer valer a afirmação "o Amor, o Poder e a Vontade
de Deus é SEMPRE VITORIOSA". Se sabemos que a fé remove montanhas, por que
não as usar? Mas, antes, precisamos colocar nossos pés no chão firmemente, com
coragem, para que esta fé desabroche com convicção, como fé raciocinada e não
se transforme numa simples crença, num ingênuo acreditar.
Oremos,
vigiemos e, acima de tudo, trabalhemos em favor de uma humanidade mais digna e justa.
E por que devemos orar? Porque a oração nos conecta com o Poder
Divino, nosso Cristo Interno, nosso Espírito Santo, nossa Divina Presença,
nosso Śhiva Naṭarāja ou qualquer
outro nome que queira atribuir a Deus.
Através da oração, abrimos o canal da Luz Divina e nos
fortalecemos. A forma mais sutil e nobre
de oração é a meditação, onde entramos em nosso mundo de silêncio e paz, para
sentirmos o toque da Luz Divina que somos.
Temos que estar com a Alma forte, firme e segura, quando chegar o dia de
nossa Mãe Terra, único e particular, do “Juízo Final” ou a “Noite das
Tribulações”.
E por que vigiar? Porque quando vigiamos nos tornamos
conscientes das nossas próprias sombras, podemos nos esquivar de nossos
próprios ataques de ignorância e a transformá-los em sabedoria e luz. Quando vigiamos, aproveitamos cada
oportunidade que nos é dada na vida para lapidar nosso diamante. Podemos, ou não, aprofundarmos o nosso discernimento. Portanto, devemos estar sempre conscientes de
nossas atitudes, palavras e pensamentos.
Não há mais tempo para diversões e atitudes de “faz-de-conta”. Ou seguimos com a evolução natural do
planeta, ou vamos ter que nos enquadrar em mundos de evolução inferior. Podemos escolher! O Universo nos dá esta opção: vamos agora ou
deixamos para mais tarde? Somos os trabalhadores da última hora!
Finalmente, por que ajudar o
próximo? Porque não há outro meio para
sedimentar e amadurecer o que aprendemos.
A ação nos tira da estagnação e nos impulsiona para a Luz. Para que tanto contato com o divino, para que
tanta autoanálise, tanto estudo, se nos recolhemos, não a aplicamos e, muito
menos, não a compartilhamos com o próximo?
Como podemos despertar, trabalhar, lapidar e expandir o amor ao próximo,
a bondade e a compaixão se nos fechamos em verdadeiras prisões que mais nos
parecem mausoléus? Por isso, mãos à obra
para que não fiquemos rançosos e cheirando a água podre – estagnados. O recolhimento nos leva ao orgulho e soberba,
enquanto o contato com o outro, com as suas dificuldades, dores e sofrimentos
nos traz a humildade e sabedoria.
Se orarmos, vigiarmos nossos
pensamentos, palavras e ações, e praticarmos o serviço de ajuda ao próximo
teremos condições de reconhecer nosso Cristo Interno, porque teremos encontrado
o nosso Santo-Ser-Crístico.
É
neste sentido que eu vou! Paz e Bem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário