A Paz Verdadeira é
obtida somente nos abismos do Espírito,
com disciplina da mente e com fé na Base Única
de toda esta aparente
multiplicidade.
(Sathya Sai Baba)
“A Paz Divina só pode
ser obtida em um lugar:
na Realidade interior”.
(Sathya Sai Baba)
Somente quando mergulhamos no mais profundo de nossa Alma, é que encontramos a verdadeira paz – a paz interior, a paz divina. Precisamos disciplinar a mente, através da vontade, porque ela está completamente identificada com os órgãos dos sentidos, que só conseguem perceber a diversidade em tudo que vê, ouve, toca, cheira e degusta. Só percebe os opostos – claro e escuro, liso e áspero, doce e salgado, melodioso e desarmônico, fétido e perfumado. Somente quando despertamos fé na Unidade Divina e, de forma contundente e firme, dirigimos a mente para a nossa Realidade interior, encontramos a Luz do ātman, o Eu Sou, o Eterno, brilhando de Puro Amor, de Bem-aventurança, de Paz Divina.
“Muitas pessoas
conhecem o caminho
para a paz e a
felicidade duradoura, mas hesitam em segui-lo.
Ouvem lições e logo as
esquecem.
Mas você deve pôr em
prática seu aprendizado espiritual.
Viva uma vida devota e
todos quantos cruzarem seu caminho
serão beneficiados
unicamente pelo seu contato.
Se quiser viver em paz
e harmonia,
abrace a calma e a paz
divinas,
emitindo apenas pensamentos
de amor e boa vontade.
(Yogananda)
Vivemos condicionados a estruturas defensivas criadas pelo ego – nosso ahaṁkāra, o tão importante instrumento do Eu, que nos dá a identificação de si mesmo – que não nos deixa prosseguir nas lições do espírito. Precisamos quebrar essa barreira com disciplina e fé. Podemos transpor estas barreiras, invocando a paz diariamente ao Supremo Senhor, vivenciando-a e desejando-a a todos os seres, a todo custo, para não recuarmos na senda de luz. Desejando sempre fazer o bem e agindo com compaixão, alcançamos a mansuetude da Alma. Afinal, “bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra”, ensinou nosso Mestre Jesus (Yeshu’ah) no Sermão da Montanha. A paz na vida de uma pessoa inclui necessariamente a paz ao seu redor. Quando cada um é ajudado e respeitado, o resultado é a tranquilidade e a ausência de medo na comunidade.
Por isso, eu trago para vocês uma oração hindu que é uma invocação
de paz chamada śhāntipāṭhaḥ (śhānti = paz; pāṭha = recitação), onde vários versos védicos foram aglutinados,
compondo assim, uma oração única e especial para a paz do universo. Sua
tradução é a seguinte:
Om
Que haja felicidade para todas as pessoas;
Que os governantes governem o mundo
no caminho da justiça;
Que haja sempre o bem para os sábios
e para os animais;
Que todos os seres sejam felizes.
Que a chuva venha no tempo certo;
Que a terra seja fértil;
Que o país esteja livre de agitação;
Que os sábios estejam livres do
medo.
Om
Que todos sejam prósperos;
Que todos tenham paz;
Que todos tenham plenitude;
Que todos estejam bem;
Que todos sejam felizes;
Que todos sejam saudáveis;
Que todos vejam o bem;
Que ninguém sofra. [Que a consciência iludida não contemple a tristeza e mantenha bons presságios].
Om
Que se vá a não-verdade [falsidade] e
venha a verdade;
Que se vá a escuridão [ignorância] e
venha a luz [sabedoria];
Que se vá a morte [transitório] e
venha a imortalidade [eterno].
Om
Isto
é pleno [Eu sou pleno], aquilo é pleno [tudo fora de mim é pleno], [a partir]
da plenitude surge somente a plenitude;
Tirando [ou adicionando] plenitude
no pleno [o que] permanece [é] plenitude.
Om
Que haja paz, paz, paz.
Senhor, saudações aos mestres! Senhor
Em sânscrito:
Oṁ
svasti prajābhyaḥ
paripālayantām |
nyāyena mārgeṇa mahīṁ
mahīśhāḥ ||
gobrāhmaṇebhyaḥ
śhubhamastu nityaṁ |
lokāḥ samastāḥ sukhino
bhavantu ||
kāle varṣhatu parjanyaḥ |
pṛithivī sasyaśhālinī ||
deśho'yaṁ kṣhobharahitaḥ |
brāhmaṇāssantu nirbhayāḥ ||
Oṁ
sarveṣhāṁ svastirbhavatu |
sarveṣhāṁ śhāntirbhavatu ||
sarveṣhāṁ pūrṇaṁ bhavatu |
sarveṣhāṁ maṅgalaṁ bhavatu ||
sarve bhavantu sukhinaḥ |
sarve santu nirāmayāḥ ||
sarve bhadrāṇi paśhyantu |
mā kaśhchidduḥkhabhāgbhavet ||
Oṁ
asato mā sadgamaya |
tamaso mā jyotirgamaya |
mṛtyormā amṛtaṁ gamaya ||
Oṁ
pūrṇamadaḥ pūrṇamidaṁ pūrṇāt pūrṇamudachyate
|
pūrṇasya pūrṇamādāya pūrṇamevāvaśhiṣyate
||
Oṁ
śhāntiḥ śhāntiḥ śhāntiḥ ||
Hariḥ Oṁ śhrī gurubhyo namaḥ Hariḥ Oṁ
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