quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

REUNIÃO DO CONSELHO DO KARMA

Um grupo de Seres de Luz formam o Conselho do Karma. Estes Seres são responsáveis por administrar o dharma – a justiça, a ordem e a organização reencarnatória em nosso planeta Terra. Eles zelam pelo equilíbrio do karma na humanidade terrestre.  A partir do dharma, eles montam um novo arranjo para a futura vida terrena, calculando qual a porção de bom e mal karma que cada indivíduo deve vivenciar durante a existência na Terra, criando oportunidades para que possamos superar nossa ignorância. Eles nos mostram em que situação estaremos na vida terrena – família, trabalho, aspecto físico, cidade, etc.). Temos nosso livre-arbítrio e podemos aceitar ou não reencarnar nas condições planejadas. Tudo tem que estar de comum acordo. Somos incentivados a aceitar o plano, mas depende de nós embarcarmos.

Os registros de todas as almas passam por uma análise do Conselho do Karma antes e depois de cada vida encarnada. Durante todo o período de encarnação, a alma tem ao seu lado, um guardião que a acompanha orientando todas as suas ações, mas respeitando o livre-arbítrio. Estas ações ficam registradas no campo da akasha (o grande “HD” cósmico) e são entregues e analisadas pelos Senhores do Karma antes de tomarem decisões sobre as nossas vidas, quem deve encarnar, quando e onde.

Duas vezes ao ano, na madrugada dos dias 30 de Junho e 31 de Dezembro, no Templo da Precipitação, localizado sobre o Royal Teton, nas Montanhas Rochosas, nos EUA, este Conselho se reúne para análise e deliberação das petições (intenções) apresentadas por todos os Seres, encarnados e desencarnados.

Nestas datas, o Grande Conselho do Karma libera, em abundância, a Luz da Misericórdia de Deus, Violeta Púrpura, que, conduzida pelos Seres Divinos, irradia-se por todas as frequências vibratórias, levando aos seres humanos o auxílio liberado e a consequente reformulação de seus karmas. A “Divina Presença EU SOU” de todas as pessoas encarnadas e desencarnadas na Terra encontram-se com estes Seres de Luz para juntos escolherem seus destinos para os próximos seis meses.

As pessoas encarnadas, nas noites de Reunião do Conselho do Karma, em corpo espiritual, enquanto dormem, se encontram com os Seres de Luz responsáveis por todas as formas de evolução no planeta e cada um ESCOLHE o que se propõe a fazer nos próximos seis meses.

Podemos ritualizar este processo, escrevendo, no dia anterior, uma carta ao Conselho do Karma sobre nossas aspirações, nossos projetos e sobre tudo que queremos alcançar nesta encarnação. São enormes os benefícios que poderemos obter escrevendo a este Conselho nestes períodos do ano, pois estes Seres dão-nos a oportunidade de pedirmos bênçãos e patrocínio para os nossos objetivos construtivos: objetivos espirituais e materiais, como por exemplo saúde, trabalho, projetos vários, relacionamentos, família, avanço espiritual, paz, psicologia interior e esperanças mais profundas tanto a nível pessoal como coletivo.

Aproveite este dia para estabelecer seu compromisso interno com a Verdade e Força Vital, projetando assim no mundo externo o potencial da sua alma: Felicidade, Harmonia, Saúde, Abundância, Realizações.

Neste ritual, ao escrever a carta, podemos expor aos membros do Conselho do Karma nossas dificuldades e nossos projetos, enfatizando que nossos pedidos sejam concedidos apenas se estiverem de acordo com a vontade do Criador, pois apenas Ele sabe o que realmente é melhor para cada um de nós. Podemos pedir auxílio também para as pessoas que amamos, para a nossa comunidade e para o benefício de toda a humanidade, desde que sempre colocarmos estes pedidos sob a Lei Maior do Amor e Justiça Divina, para que nossos pedidos não interfiram no livre-arbítrio e na programação evolutiva de cada um. No tempo e nas circunstâncias possíveis, nossos pedidos serão atendidos.

Ao escrever esta carta, temos uma boa oportunidade para analisarmos nossa vida nos últimos seis meses. É a hora certa de agradecermos aos objetivos conquistados e pedirmos aos Senhores do Karma, dispensações e orientação divina para a solução de problemas pessoais e planetários.

Compõem o Conselho do Karma:

Grande Diretor Divino, Bem-Amado Saithrhu, Chama Violeta;

Deusa da Liberdade, Bem-Amada Libra, Chama Rosa;

Deusa do Amor, Mestra Ascensionada Nada, Chama Rosa;

Deus da Iniciação, Elohah Vista, Chama Verde;

Deusa da Verdade, Bem-Amada Palas Athena, Chama Verde;

Deusa da Justiça, Bem-Amada Portia, Chama Violeta;

Deusa da Misericórdia, Bem-Amada Kuan Yin, Chama Lilás;

Deusa da Pureza, Bem-Amada Astrea, Chama Branco-Cristal.

 

Como fazer o ritual de entrega da carta para os "Senhores do Karma"

Escreva sua carta de próprio punho, usando lápis (nunca caneta, nem em computador). Você pode endereçar sua carta pessoalmente para a Deusa da Liberdade (Bem-Amada Libra), porta voz para o Conselho do Karma, para um dos oito membros do conselho, ou diretamente para o Amado Conselho do Karma.

Escolha um bom lugar para seu ritual. De preferência diante de um altar montado para os Mestres da Grande Fraternidade Branca, ou, se não for possível, separe-se do tumulto das festas de fim de ano, e vá para um lugar tranquilo na natureza, montanha, mar, rio, mata ou dentro de casa.

Invoque o Arcanjo Michael: Em nome de Deus Pai-Mãe, do Filho e do espírito Santo, Eu (diga seu nome completo e em voz alta) invoco o Amado Arcanjo Michael para que entregue esta carta para a Amada Deusa da Liberdade, no Conselho do Karma.

Após esta invocação, leia sua carta em voz alta e conclua colocando fogo nela e dizendo Gratidão, Gratidão, Gratidão.

Se for queimar dentro de casa, escolha uma pia onde poderá apagar o fogo rapidamente, caso perca o controle. O ideal é que você tenha uma tigela ou cumbuca refratária para queimar sua carta.

O fogo é para mandar sua carta para o plano etéreo e o lápis é por causa do carbono (grafite), que é a base da vida no planeta Terra. O resto das cinzas que sobrarem não tem valor algum, podem ser jogados em qualquer lugar, mesmo em uma lixeira.

Uma boa seção de decretos antes e depois do ritual, também é muito bom.


A FESTA DO NATAL, ANO NOVO E DIA DE REIS

 

Neste período, entre o final de um ano e o começo do ano seguinte, comemoramos três grandes eventos que estão interligados: o Natal, o Ano Novo e o Dia dos Três Reis Magos.

Através desses três eventos, relembramos, respectivamente: (1) o mito do nascimento, (2) o nosso propósito nesta vida e, (3) o apoio que teremos do Universo.  Assim, manifestamos o renascimento interno de cada um.  Todos durante o signo de Capricórnio, que vibra a nossa capacidade de nos responsabilizar pelos nossos próprios atos – período de grande tomada de consciência.

A festa do Natal é, além da cerimônia de renovação de nosso Cristo Interno no simbólico nascimento de nosso Amado Mestre Yeshu’a (Jesus), o Cristo, mas também um ato simbólico feito pela humanidade para expressar um fenômeno cíclico do Sol que, para o hemisfério sul se chama solstício de verão, quando o dia se torna o mais longo do ano.  Pois o Sol alcança o ponto mais alto (perpendicular) em seu aparente percurso na abóbada celeste.  Ele é o primeiro a ser comemorado, logo na entrada do Sol no signo de Capricórnio, o que significa que é hora de avaliar e reestruturar nossa vida, ficando apenas com o essencial e básico para que possamos prosseguir em nossa jornada.  A energia de Capricórnio nos faz plantar as sementes de nossas intenções em solo já enriquecido por nossas experiências passadas e esperar, pacientemente, a colheita.

Apesar de Mestre Jesus não ter nascido em 25 de dezembro, adotou-se esta data por ser um momento auspicioso, em termos celestiais.  Afinal, Jesus se tornou a estrela guia de milhares de cristãos no plano terreno, e mesmo entre aqueles que pertencem a outras culturas, ele é profundamente reverenciado. No plano espiritual, cabe a ele, atualmente, o governo do planeta, irradiando a Consciência Crística a todos os seres vivos.

Cabe, agora, fazer um parêntesis para um comentário sobre Capricórnio.  A energia deste signo é dotada de grande força e ela nos dá a fundamentação para que possamos realizar fortes revoluções em nossa Alma e, conseqüentemente, na sociedade em que vivemos (família, trabalho, cidade, país, planeta).  A energia de Capricórnio nos traz prosperidade e abundância, bem como novas idéias, relações mais elevadas e expansão da consciência.  O principal objetivo de Capricórnio é manifestar a verdade e trazer as Almas para o caminho da verdade.  Sua energia nos impulsiona ao trabalho interno para que possamos sublimar e transfigurar nossa personalidade e nossa vida.  Capricórnio nos mantém na reta conduta e nos desenvolve o desejo de fazer o bem.  Com isso, ganhamos a benção dos Seres Iluminados, da Hierarquia e do Universo.

Capricórnio é representado por três símbolos distintos, conforme o seu nível de espiritualidade.  O primeiro – a cabra – possui grande força de ambição para ganhar dinheiro e alcançar a satisfação material.  São altivos e bastante trabalhadores e fazem de tudo para galgar altos postos.  Neste estágio, é preciso que a cabra se ajoelhe diante de uma poderosa força divina para quebrar sua altivez, arrogância e orgulho.  Deste modo, Capricórnio se transforma no segundo símbolo – o crocodilo – e mergulha na lama de seu ego inflado para vivenciar as exigências de seus karmas materiais, emocionais e mentais.  Neste estágio, deve aprender a dominar a matéria, o dinheiro, o sexo, o orgulho, as ambições materiais, o medo e os sentimentos de solidão, além de desenvolver a criatividade, a intuição e o contato com as forças divinas.  Após esta etapa, atinge o terceiro símbolo – o unicórnio – e sobe as montanhas da vida com determinação, e através da força de vontade domina as dificuldades.  Seu chifre no meio da testa é o símbolo da determinação apontada para uma única direção; é o Guerreiro Iniciado.  Assim, Capricórnio transcende a si mesmo e se torna um grande guerreiro da luz, um grande servidor da humanidade.

Voltando ao nosso tema, a Festa de Ano Novo tem um grande significado, pois coincide com a entrada do mês de janeiro, cujo nome faz uma alusão a Jano Bifronte – deus romano de origem indo-européia. Esta figura mitológica representa o ponto de passagem do passado para o futuro, ou seja, o presente. Com suas duas faces, uma voltada para trás, olhando o passado, e outra voltada para frente, vislumbrando o futuro, ele apresenta seus pés bem fincados ao chão, indicando que está firme no presente. Desta forma, ele pode observar todas as mortes e nascimentos, todos os términos e começos, todos os erros e acertos, todas as perdas e ganhos, enfim, todas as ações humanas. É com esta clareza que devemos fazer este rito de passagem de um ano para o outro, com sua tradicional queima de fogos de artifício e, através da pólvora, com sua mistura de fósforo e enxofre, purificar os nossos corpos, abrindo espaço para o novo e renovando nossos propósitos nesta existência.

No Natal, o nascimento de Jesus, é anunciado por uma estrela (a estrela de Bethlehein), símbolo do alvorecer de uma nova luz.  Essa estrela encaminhou três Reis Magos – Baltazar, Melchior e Gaspar –, que necessariamente não eram reis, mas seres de alta envergadura espiritual. Eles expressam a universalidade do momento e a comunhão entre os povos, pois vieram de pontos diferentes da Terra, de culturas e costumes diversos (Índia, Pérsia e Arábia). Foram norteados pela estrela para, através dela, levar as bênçãos celestiais, oferecendo incenso, mirra e ouro. Os três presentes representam os três poderes que o Universo nos concede para que possamos realizar nosso propósito nesta vida. A mirra para que tenhamos força física e saúde; o incenso para que alcancemos a sublimação nossas tendências egóicas como o orgulho, a avareza, a ira e a inveja; o ouro para que possamos ser sempre uma luz espiritual para o mundo.

Outros dois símbolos participam deste período que vai desde antes do Natal até Dia de Reis: A Árvore de Natal e Papai Noel. A Árvore de Natal representa a Árvore da Vida que, com suas raízes profundas, agarra-se a Terra e, com seu tronco esguio e ereto, se abre aos Céus, estabelecendo a relação entre o Céu e a Terra. Seus enfeites são nossos frutos, nossas criações mais valorosas e belas – o que temos de melhor a oferecer para as pessoas. A seus pés, se acomodam os presentes, ou seja, aquilo que o Universo nos reservou para que continuemos em nossa trajetória evolutiva.

O Papai Noel é o símbolo da sabedoria e da tradição, com suas longas barbas e extenso caminho percorrido até nossos lares. Sendo o sábio, o Mestre Interno de cada um de nós, ele distribui os presentes, os frutos que cada um receberá, conforme a trajetória que cumpriu com suas ações até então.  Sua roupa vermelha é o símbolo da alegria e do princípio da vida, é o brilho do fogo inicial, sempre renovado, que cada um de nós trás dentro de si.

Que neste período procuremos nos lembrar e cultuar a magia deste momento!

NAMASTE

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O TERÇO MÍSTICO DE MÃE MARIA

 

A história de Mãe Maria (em hebraico, Miriam, que significa “Senhora da Luz”) é envolta em muitos mistérios, desde antes de seu nascimento. Maria de Nazaré é certamente a representação da força feminina mais importante de nossa era, não somente pela missão de trazer Yeshu’a (Jesus, em sua forma abreviada) ou Yehoshu’a (Josué, em sua forma longa) ao mundo, mas também, pela forma com a qual educou, conduziu e sustentou o Mestre até o momento de sua crucificação, demonstrando amor, fé e sabedoria. Podemos reparar 5 Grandes Iniciações durante a vida de Mãe Maria.

Para muitos, Maria é vista como a Grande Mãe, a Mãe Divina, uma santidade; para outros, apenas uma mulher, mãe de Jesus, mas todos a respeitam. Através de suas manifestações pelo mundo, Maria se identifica de diversas formas, com variados nomes, tornando-se muito cultuada.

 

O Nascimento de Maria (1ª Iniciação)

Seu nascimento envolve todo um preparo espiritual por parte de seus pais. Era necessário, apesar da boa conduta do casal, uma purificação e um aprofundamento de sua fé. Segundo os registros encontrados, Maria, filha de Ana e Joaquim, um judeu de posses da região de Nazaré, o qual sempre oferecia doações aos pobres e oferendas aos templos, foi proibido por um sacerdote de fazer doações, porque ele não tinha filhos, o que contrariava as leis judaicas. Por causa disso, Joaquim caiu em profunda tristeza e decidiu jejuar por 40 dias e 40 noites em uma montanha deserta, dizendo a si mesmo: "Não voltarei ao lar nem para comer ou beber, até que o senhor venha visitar-me. As minhas orações me servirão de bebida e comida aqui no deserto". Um dia, Ana lamentando a ausência do marido, dividida entre a dúvida da viuvez e a culpa de ser estéril, pedindo um esclarecimento ao Senhor, recebe a visita de um "anjo" que lhe diz: "Ana, o senhor ouviu as tuas preces. Eis que conceberás e darás a luz a um filho. E o fruto do teu ventre será conhecido em todo mundo". No mesmo dia, Joaquim ainda sobre a montanha, avista dois mensageiros de Deus (anjos) que lhe dirigiram a palavra: "Joaquim, o senhor ouviu tuas preces. Vá até tua mulher, porque ela conceberá em seu ventre". Joaquim retornou ao lar e, pouco tempo depois, Ana engravidou e no dia 8 de setembro deu à luz uma menina – Maria. Devido à sua natureza angelical, Maria sempre esteve sob a proteção do mundo angélico. Antes que ela tomasse um corpo físico, o mundo angélico prometeu ajuda-la, impregnando sua consciência com a Imaculada Concepção, que ela deveria manter para que o corpo físico de Yeshu’a pudesse se formar adequadamente.

 

A Educação de Maria (2ª Iniciação)

Ana dedicou Maria a Deus, construindo um santuário em seu quarto. Ao completar 3 anos, Maria é levada por seus pais ao templo essênio do Monte Karmel (Jardim ou Vinha do Senhor; karmo = jardim, campo fértil, vinha; el = Senhor) e lá permanece sob a tutela de Judite (sacerdotisa da comunidade) até os 12 anos de idade. Maria também recebe grandes ensinamentos sob a tutela de Zacariaḥ, o Sumo-Sacerdote do templo. Desde o momento em que foi levada ao templo, Maria viveu num estado de constante Graça, e o Arcanjo Gabriel, quando a encontrava, a reverenciava, dizendo: “Salve! Maria, cheia de Graça”! Em sua infância, Maria parecia ser solitária, apesar de brincar com outras crianças. Seus interesses eram diferentes daqueles no meio dos quais ela convivia. Enquanto outras crianças brincavam, Maria, em pensamento, embalava o mundo com seus braços infantis, canalizando o amor da Mãe Divina, através de sua contemplação amorosa. Nos estudos, ela meditava sobre as profecias do Velho Testamento. Após os doze anos de idade, Maria recebe treinamento diretamente de Arcanjo Gabriel referente à castidade, à pureza, ao amor, à paciência e a capacidade de suportar.

 

A Concepção de Yeshu’a (3ª Iniciação)

Maria se torna mulher e, antes de se casar com José, recebe a visita do anjo Gabriel, o qual anunciou à jovem sua concepção através da intervenção do "Espírito Santo". José era um homem mais velho e seu dever era proteger Maria, já que era considerada uma alma especial. Mas, ao saber que Maria estava grávida antes do casamento, José fica atordoado, não acreditando na fidelidade da virgem Maria. Então, José é visitado por uma entidade angelical (Arcanjo Gabriel) que lhe esclarece a situação. A partir daí todos conhecem a história.

O maior mistério atribuído a Maria é sobre a concepção virginal. Os evangelhos de Lucas e Mateus contam que Maria manteve-se virgem e que Jesus fora concebido pelo "Espírito Santo", ou seja, a fecundação de Maria aconteceu de forma "milagrosa", sem a participação de um pai natural. Mas, para Deus não há milagres, TUDO É POSSÍVEL.

Sabe-se que para que haja uma concepção, é necessário, no momento da fecundação, a presença de um óvulo (célula procriadora feminina) e de um espermatozoide (célula procriadora masculina), cada qual com seu material genético. O óvulo traz em si a energia da terra – receptiva, acolhedora e nutridora – e o espermatozoide, a energia do céu – ativadora, expansiva e criativa. São dois polos de igual importância, mas, que para uma encarnação divina, há necessidade de um material genético perfeito, divino ou celestial. Era de vital importância, para quem no futuro receberia a manifestação do Cristo Cósmico, ter um material genético do porte celestial.

A encarnação de um Messias, um Avatāra, requer, durante a concepção, da inseminação de uma energia totalmente pura no que se refere à contraparte masculina. José, apesar de ser um homem bondoso e de mente aberta para a época, não acumulava todas as prerrogativas; aliás, nenhum outro homem. Tratava-se de uma energia “avatárica”. Maria foi preparada para tal e sustentava um amor profundo. Sua genética era apropriada e necessitava de uma genética “avatárica” ou “messiânica” para conceber Yeshu’a, que só poderia advir da descida do Espírito Santo – a energia suprema. Assim foi concebido Yeshu’a.


A Sustentação da Missão de Yeshu’a (4ª Iniciação)

Apesar do comportamento doce e generoso que Maria demonstrava ter desde a infância e que a acompanhou durante toda sua vida, ela também foi uma mulher atuante e participativa. Quando Jesus, aos 30 anos, decidiu sair em pregação e revelar ao povo que era o Messias, ela continuou muito próxima dele. Costumava dar conselhos e broncas, mas também tratava de estimulá-lo nos momentos mais difíceis, quando ele desanimava, sentia medo ou dor. Vamos lembrar que Yeshu’a, apesar de ser um Avatāra, um Mashiaḥ (Messias, o Ungido), ele era um humano, feito de carne e osso. Ela acreditava piamente em tudo o que ele falava e queria ajudá-lo em sua missão, firme e forte durante toda sua vida.

É certo que Maria faz parte de um grupo de seres evoluídos que vieram para preparar a chegada de Jesus. É um Ser tão puro, que recebeu a missão nobre de conduzir Yeshu’a, o governador da Terra, modelo e guia da humanidade. Maria é sinônimo de amor e prova disto foi a sua resignação ao presenciar o sofrimento de seu filho, em nome do Amor pela humanidade. E é por isso que ela desperta tanta simpatia e admiração entre as pessoas.

Foi uma grande missão e um privilégio para Maria ajudar seu filho, Yeshu’a, a usar suas faculdades para glorificar a Luz e a Perfeição de Deus, que ele havia se comprometido a apresentar para a humanidade. José, Maria e Jesus moravam numa pequena e humilde cidade na Galileia, onde ele conviveu com aleijados, coxos, leprosos, possuídos, enfim, os doentes da mente e do corpo. Maria sempre ao seu lado, durante a infância, ensinando-o e incentivando-o a fazer o bem, despertando o seu potencial messiânico.

Mas, a grande prova para Maria ocorre durante os sete últimos dias de Yeshu’a entre o povo. Após Yeshu’a anunciar sua trajetória rumo à vitória sobre a morte, Maria faz a unção de Jesus, despertando nele toda a capacidade messiânica, que seria necessária, para que transpusesse, de modo triunfal, aqueles momentos de dor, desamor do povo em geral – afinal, foi o povo que o condenou – e total entrega aos propósitos divinos. Durante estes últimos dias, Maria ainda o encontra para dar-lhe força, porque o tormento da tentação era grande. A presença de Maria, como mãe e amparadora de um propósito divino, durante toda a Via Sacra, até o momento da Vitoriosa Conclusão sobre a morte, foi primordial para Yeshu’a.

 

A Ascensão de Maria (5ª Iniciação)

Maria, que já era um ser com consciência unificada e tendo consumado sua jornada na Terra, foi transubstanciada em corpo de luz, entrando no estado de consciência unificada glorificada. Maria morava na região rural de Éfeso[1] (atualmente, uma região da Turquia), no Monte Koressos. Sua casa se localizava neste monte, num terreno em elevação, à esquerda da estrada que vinha de Jerusalém, a umas três horas e meia de Éfeso, com vista para o Mar Egeu e para Éfeso. Nesta pequenina casa, construída pelo Apóstolo João, afastada da comunidade, Maria se isolava, a fim de se preparar para sua ascensão. Lá ela viveu os últimos nove anos de sua vida. Pessoas da comunidade levavam-lhe comida, flores e outras coisas importantes para sua vida solitária. Maria passou aqueles anos em meditação, analisando sua vida, a trajetória ao lado de seu filho amado, lembranças de José. Com idade avançada, tornava-se cada vez mais difícil subir aquele monte. Maria já vivia mais no mundo espiritual do que no mundo material. Neste período, João era quem mais ficava com Maria.

Nos seis dias finais (10 de agosto; o dia judaico começa ao pôr do sol), Maria pediu aos apóstolos e pessoas da comunidade que a deixassem a sós. Durante três noites e três dias permaneceu sozinha, jejuando e orando. Após estes dias, no dia 12 de agosto, os discípulos e apóstolos vieram ter com ela. Então, Maria anunciou que estava deixando o mundo físico e que em 15 de agosto sua ascensão se completaria. Maria abençoou a todos da comunidade e fechou seus olhos neste mundo, para abri-los primeiramente na presença de José e depois, então, ver Jesus.

Os discípulos colocaram seu corpo em uma tumba de pedra e lacraram-na. Três dias depois, 15 de agosto, conscientemente, entrei no Sagrado Coração de minha Presença, transubstanciando meu corpo em luz. Coloquei dentro da tumba uma rosa branca para cada um membro daquela comunidade, razão pela qual a rosa branca é, particularmente, querida aos que tomaram parte naquele Serviço Crístico. Quando os discípulos abriram a tumba, o corpo já não estava mais ali e apenas a fragrância das rosas estava em seu lugar.

 

A Orações do Terço Místico

Vocês encontrarão as clássicas orações católicas um pouco diferentes. Assim resolvi proceder, para sair do peso que têm algumas frases e que introduzem em nossas mentes uma eterna dependência a determinadas instituições.

Vocês poderão fazer o Terço Místico usando as orações completas e as curtas, em latim ou português. No terço clássico se fazem um total de 66 orações para perfazer todo o terço. No Terço Místico são 72 orações, pois, além de ser um número de intensa força espiritual, também terminamos o ritual exatamente onde iniciamos.

 

CREDO ou CREIO

Creio em Deus Pai-Mãe, o Princípio Único Todo-Poderoso, o Criador do Céu e da Terra, em Yeshu’a, o portador do Cristo Cósmico, aquele que encarnou da Luz, o qual foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, a Mãe Cósmica, e pregou a doutrina da liberdade e do amor. Enfrentou a arrogância dos ímpios, foi crucificado e sepultado. Desceu aos infernos e na Santíssima Trindade de Deus-Pai-Mãe, Filho e Espírito Santo ressuscitou na Glória do Espírito. Permaneceu entre os apóstolos 40 dias, ascensionou e glorificou-se aos céus. És o Mediador deste mundo, defensor da eternidade e da virtude suprema, investido da força de Deus-Pai-Mãe, com o qual despertará na consciência daqueles que são puros, para separar os justos dos ímpios.

Creio no Espírito Santo, no Santuário de Deus vivo em mim, no Poder dos Seres de Luz e na Assembleia dos Anjos do Senhor, na remissão da ignorância, na ressurreição dos seres, na vida eterna. Amém.

Forma curta em latim: CREDO IN DEO UNUM, AETERNUM!

Tradução: Creio em Deus-Pai-Mãe único, eternamente!

 

PAI NOSSO

Pai nosso, que estais em tudo que criastes, santificado é o vosso nome; despertai o vosso Reino dentro de nós, criando vosso Reino de Unidade pela vossa vontade, unindo o céu e a terra. Dai-nos o alimento espiritual de cada dia. Perdoai nossa ignorância, assim como nós perdoamos nossos irmãos ignorantes. Que possamos estar livres dos vícios e tentações, livrando-nos do mal da ignorância. Pois, sois a fonte de toda vontade, o poder de toda ação e a glória da luz sublime, eternamente. Amém.

Forma curta em latim: PATER NOSTRUM, LUX UNIVERSALIS, LUX FULGURANTIS, PRO NOBIS VENITE. ÁMEM.

Tradução: Pai nosso, Luz universal, Luz que brilha como um raio, venha até nós!

 

AVE-MARIA

Ave Maria, cheia de Graça! O Senhor é convosco! Bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Yeshu’a. Amada Maria, Mãe Divina, rogai por nós, criaturas de Deus, agora e na hora da nossa vitória sobre a ignorância, a doença e a morte! Amém.

Forma curta em latim: AVE-MARÍA, GRATIA PLENA, PRO NOBIS VENITE. ÁMEM.

Tradução: Salve Maria, cheia de Graça, venha até nós!

 

GLÓRIA

Glória a Deus-Pai-Mãe, ao Filho, ao Espírito Santo, assim como era no princípio, é hoje e será para sempre. Vida sem fim (3x)

Forma curta em latim: GLORIAM DEI PER OMNIA SAECULA, SAECULORUM, SAECULORUM. ÁMEM.

Tradução: Glória a Deus-Pai-Mãe em todas as ciosas, eternamente e sempre!

 

SALVE RAINHA

Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, Vida, Doçura e Esperança nossa. A Vós bradamos os descendentes filhos da terra. Por Vós suspiramos, ó puríssima Mãe Maria! Eia pois, advogada nossa, desses Vossos olhos misericordiosos, à nós voltai, e depois deste exílio, que foi a nossa peregrinação neste mundo de carne, mostrai-nos o Verbo Divino, bendito fruto do Vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce Mãe Maria. Rogai por nós, Santa Mãe Divina, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Forma curta em latim: SALVE REGINA, MATER NOSTRAM!

Tradução: Salve Rainha, nossa Mãe!

 

CONSAGRAÇÃO A MÃE MARIA

Ó minha Amada Mãe Maria! Eu me ofereço todo a vós e, em prova de minha devoção para convosco, vos consagro meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como filho vosso. Amém.

Forma curta em latim: SALVE MARÍA, TIBI OFFERUM MEIPSUM

Tradução: Salve Maria, eu me ofereço a você!


O TERÇO MÍSTICO DE MÃE MARIA

Antes de começar o Terço Místico de Mãe Maria, formule uma intenção, ou seja, alguma Graça a pedir, alguma virtude a adquirir ou alguma vitória sobre a ignorância, a doença ou a morte. Faça o Sinal da Cruz, conforme é feito nos cultos orientais, traçando-o da seguinte maneira: tocam-se, com a ponta dos três dedos unidos (polegar, indicador e dedo médio) – representação a Santíssima Trindade –, os outros dois dedos (anelar e mínimo) ficam encostados na palma da mão – representação das duas naturezas humanas, isto é, a material e a divina. Em sequência a testa, a região do umbigo (e não o peito[2]), o ombro direito e o ombro esquerdo, acompanhando o movimento com a fórmula verbal: Em nome de Deus Pai-Mãe (toca-se a testa e em seguida a região do umbigo), do Filho (toca-se o ombro direito), e do Espírito Santo (toca-se o ombro esquerdo). Mãos-à-obra!

Comece pelo Credo, onde está localizada a cruz. Prossiga conforme está na figura acima: Pai Nosso, 3 Ave Marias, Glória, Pai Nosso (onde está localizada a imagem de Mãe Maria, na bifurcação). A partir daqui, começam as Consagrações às Iniciações de Maria. Antes de iniciar as séries de 10 Ave Marias, em cada uma das 5 Iniciações, faça uma reflexão sobre cada uma delas, de acordo com a etapa que se encontra no Terço Místico. No intervalo entre as Iniciações faça as orações Glória e Pai Nosso. As Iniciações estão descritas no início deste artigo.

Ao completar as Iniciações, você terá alcançado a imagem de Maria, na bifurcação do terço. Faça aqui a oração Salve Rainha. Prossiga até a cruz, fazendo as seguintes orações: Pai Nosso, 3 Ave Marias, Glória e Consagração a Mãe Maria.



[1] Alguns estudiosos dizem que Maria morou até o fim de sua vida física em Jerusalém no Monte Betânia

[2] Por que não no peito? Ao traçar a cruz indo até o peito apenas

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

PRATIQUEMOS OS VALORES ESPIRITUAIS

 

Que possamos olhar para este mundo conturbado que estamos vivendo através da lente da bondade. Nosso planeta passa por profundas transformações, principalmente ao nível social e espiritual. Chegou o derradeiro momento de olharmos mais criteriosamente para a relação existente entre nossa vida e a do outro, ou seja, de olharmos para a sociedade que vivemos como um todo.  Chegou a hora de abandonarmos os interesses pessoais e agirmos em favor de uma sociedade mais justa, harmônica e saudável. Vivemos um momento de grandes reviravoltas, onde tudo, quer seja positivo ou negativo, vem à tona; e isto, para boa parte da humanidade, que ainda agarrada aos falsos valores materiais, causa grande dor e sofrimento. Chegou a hora da separação: quem alcançou um razoável desapego aos bens efêmeros da vida e passou a olhar e agir para o bem do próximo, passará. E isto é sério, muito sério! Não viemos a este mundo para nos divertir com coisas passageiras, mas para buscar a integração com a vida; e a vida é o outro. Não estamos aqui para bradar o “eu, eu, eu”, e sim para fomentar o “nós, nós, nós”. Estamos aqui para consolar mais do que ser consolado, para compreender melhor o outro do que ser compreendido, e para amar mais, independente de que em quais condições também seremos amados. Estamos aqui para abrir mão deste comportamento egocêntrico que perpetuamos ao longo das eras.

Para isso, precisamos desenvolver alguns aspectos de nosso caráter, conforme nos ensinou Sathya Sai Baba, relembrando os ensinamentos universais de Bem-Amado Mestre Yeshu’a (Jesus) – que, ao longo de sua vida terrena, absorveu a consciência do Cristo. Então, o que temos a desenvolver: a retidão, a paz interior, a não-violência, o amor e a verdade.

Em primeiro lugar, e que está na base da formação de um bom caráter, a retidão.  Sem ela não há caminho, não há propósito e não acertamos o alvo.  Ficamos a rodar em círculos, achando que estamos indo a algum lugar!  Temos que ser honestos conosco.  Não há mais espaço nem tempo para enrolar e fazer de conta.  A justiça divina está dentro de nós e sabemos muito bem quando nos desviamos do caminho.  E isto é simples!  Basta que apliquemos a lei maior de convivência sócio-espiritual: “NÃO FAÇAIS AO OUTRO O QUE NÃO GOSTARIAS QUE FOSSE FEITO A SI MESMO”.  Seja honesto e não se corrompa!

Na sequência de uma atitude reta perante o outro vem a paz interior.  A paz emerge na medida que aceitamos a vida como ela é e soltamos o controle, deixamos de manipular os fatos e entregamos tudo ao Poder Superior, ou melhor, nos rendemos ao único poder que existe – o divino.  A vida material é composta de ganhos e perdas, de acertos e erros, de altos e baixos, e controlar isso por todo o tempo é angustiante, é aflitivo e inquietante.  Solte a inveja!  Solte o ciúme!  Seja grato por tudo que o Universo te proporcionou – são presentes divinos que nos fazem trabalhar, ora a generosidade, ora o desapego.  “BUSCAI PRIMEIRO O AMOR AO PAI E SUA ORDEM CÓSMICA; E TUDO O MAIS VOS SERÁ DADO”. 

No terceiro andar da nossa edificação de um caráter saudável encontra-se a não-violência, que significa olhar com neutralidade para todos os acontecimentos.  Que nosso entendimento seja passivo e equânime!  Pois, quando entregamos tudo à Suprema Inteligência, deixamos de dar peso aos fatos e atitudes.  Entendemos que tudo está sob a Ordem Cósmica.  Deixamos de dar valor às invasões, agressões e ferimentos que recebemos e, consequentemente paramos de invadir, agredir e ferir o outro.  Compreender o outro sem julgo antes de querer ser compreendido – esta é a chave para a boa convivência social.  “NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS”.  Seguindo este ensinamento do Mestre chegamos ao Criador.

Somente então podemos desenvolver o amor mais profundo; aquele amor inegoísta, sem barganhas, onde o único propósito é servir ao Supremo, por amor a Ele.  “AMAI AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO” é o mandamento chave para que este amor brilhe em toda a sua plenitude.  Isto significa estarmos em contato com a energia do outro, seus anseios e necessidades, como se fossem os nossos próprios.  Portanto, procuremos estar próximo de todos, escutando as suas necessidades, vendo de fato o outro, sentindo seus sentimentos.  Nada tem mais luz do que enxergar a sublimidade do Criador em todos os seres e amá-los, aproximá-los de si e reverenciá-los como a si mesmo.

Enfim, a verdade.  Como alcançá-la em sua plenitude?  Mantendo-se puro, íntegro e autêntico em nossos pensamentos, palavras e ações alcançamos a verdade.  A pureza é o carimbo da verdade, pois “BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO PUROS DE CORAÇÃO, PORQUE VERÃO A PUREZA DE DEUS”.  Ver a pureza de Deus é vê-Lo em toda a sua plenitude e beleza; é vê-Lo verdadeiramente.  Procuremos expressar nossos sentimentos e pensamentos com firmeza e autenticidade.  O que a nossa boca fala e o nosso corpo exterioriza deve estar conectado ao que há de mais íntimo em nosso ser.  Façamos de nossa vida o caminho para a verdade.

Que tenhamos todos os nossos dias inspirados nos valores do Cristo!  Que nosso Amado Mestre Yeshu’a Jesus nos abençoe!  Que Suas Bênçãos cubra a todos, em especial, àqueles mais necessitados que encontramos pelas ruas dormindo ao relento, àqueles que vemos nos noticiários fugindo das guerras e torturas e àqueles, “vítimas” de catástrofes naturais.

SEJAMOS TODOS FELIZES!!!

ESFORCEMO-NOS POR UM MUNDO MELHOR!!!




terça-feira, 15 de dezembro de 2020

DECRETANDO A LUZ

Vamos visualizar o descenso da luz divina. Amado Ser Supremo, nos abençoe com o Pilar de Luz Infinita. Gratidão, gratidão, gratidão!

Esta luz nos envolve completamente, penetra em nossos corpos e fluir por nossos órgãos, células, moléculas, átomos e partículas atômicas. Vamos, então, decretar.


EU SOU LUZ

EU SOU luz, EU SOU luz resplandecente,

EU SOU luz radiante, EU SOU luz intensificada,

Deus consome a minha escuridão,

Transmutando-a em luz.

Hoje EU SOU um foco do sol central.

Através de mim corre um rio de cristal,

Uma fonte vivente de luz

Que nunca pode ser corrompida

Por pensamentos e sentimentos humanos

EU SOU um posto avançado do Divino.

A escuridão que se serviu de mim é consumida agora

Pelo poderoso rio de luz que EU SOU.

EU SOU, EU SOU, EU SOU luz;

Eu vivo, eu vivo, eu vivo na luz.

EU SOU a mais completa dimensão da luz;

EU SOU a mais pura intenção da luz.

EU SOU luz, luz, luz

Inundando o mundo onde quer que eu vá,

Abençoando, fortalecendo e anunciando

O propósito do reino dos céus.

 

Agora, vamos visualizar os sete pilares de luz do Fogo Cósmico da Criação descendo sobre nós. Os sete Raios de Deus.


O FOGO AZUL – 1º RAIO – RAIO DA VONTADE DIVINA (9 vezes)

EU SOU um ser de fogo azul

EU SOU a vontade que Deus deseja!

 

O FOGO DOURADO – 2º RAIO – RAIO DA SABEDORIA DIVINA (9 vezes)

EU SOU um ser de fogo dourado

EU SOU a clareza que Deus deseja

 

O FOGO ROSA – 3º RAIO – RAIO DO AMOR DIVINO (9 vezes)

EU SOU um ser de fogo rosa

EU SOU a ternura que Deus deseja


O FOGO BRANCO – 4º RAIO – RAIO ILUMINAÇÃO DIVINA (9 vezes)

EU SOU um ser de fogo branco

EU SOU a ascensão que Deus deseja

 

O FOGO VERDE – 5º RAIO – RAIO DA CURA DIVINA (9 vezes)

EU SOU um ser de fogo verde

EU SOU a cura que Deus deseja

 

O FOGO VERMELHO-RUBI – 6º RAIO – RAIO DA DEVOÇÃO DIVINA (9 vezes)

EU SOU um ser de fogo vermelho-rubi

EU SOU a gratidão que Deus deseja

 

O FOGO VIOLETA – 7º RAIO – RAIO DA LIBERTAÇÃO DIVINA (9 vezes)

EU SOU um ser de fogo violeta

EU SOU a pureza que Deus deseja!

 

VITÓRIA SOBRE A IGNORÂNCIA

A Luz de Deus é sempre vitoriosa

E EU SOU a Luz de Deus

 

Vamos agora visualizar Deus agindo através de nós. Sintam-se empoderados pela Ação Divina e, em seguida fazemos a Benção de Misericórdia Divina.

 

INVOCAÇÃO DO FLUXO DIVINO

EU SOU o Universo me recriando.

EU SOU o Universo fluindo.

Para mim mesmo, por mim mesmo, de mim mesmo.

Criando tudo o que vejo.

EU SOU o Fluxo Divino de Tudo O Que Existe.

Abundante é o meu movimento.

EU SOU o Universo me recriando

Para fluir abundância.

 

BENÇÃO DE MISERICÓRDIA

Que a Paz de Deus paire sobre todos os lares!

Possa o Amor Divino estar em todos os corações!

Que a Luz Cósmica flameje em todas as Almas e a sabedoria em todas as mentes!

Possa a Força do Altíssimo vitalizar cada manifestação de vida de todos os lares!

Que a Saúde e o Bem-estar Divinos se manifestem em cada Alma!

Que a Graça de Deus preencha todos os atos de devoção!

Possam os Dons do Absoluto serem expressos através de cada consciência!

Que a Plenitude e a Vitória do Plano Divino para cada Alma sejam realizadas

E glorifiquem a passagem na Terra de cada Alma!

Graças.

Que assim seja!



terça-feira, 20 de outubro de 2020

A RETA CONDUTA E A VERDADE

 

"Satyāt nāsti paro dharma”.

"Não há conduta (ou caminho) superior à verdade".

 

Assim está escrito em sânscrito no símbolo da Sociedade Teosófica criada no final do século XIX por Madame Blavatsky (Helena Petrovna Blavatsky) e que se traduz por: satyāt = à verdade; nāsti = não há; paro/para = superior; dharma = caminho, conduta, dever, lei, religião; portanto, “não há religião superior à verdade”.  Aqui, a palavra dharma é traduzida como religião, que tem um sentido bastante profundo e original, indicando o caminho, o serviço ou prática do ser humano para retornar à Fonte Suprema. Este é o verdadeiro sentido desta palavra, que vem do latim “religio”, ou seja, “serviço” ou “prática”, e que, por sua vez, tem origem no termo “religare”, significando “religar”. Mas, preferi adotar a palavra “conduta” ou “caminho” para fugir dos conceitos dogmáticos de uma crença que a palavra religião tem atualmente.


Dharma é uma palavra sânscrita complexa e que não há uma tradução direta e simples para qualquer outra língua. Dharma é um conceito. A palavra dharma vem da raiz sânscrita dhṛ, que quer dizer sustentar. Portanto o dharma é aquilo que sustenta, que possibilita, que regula, são as leis, os valores, um estilo de vida. Nosso primeiro impulso seria definir dharma como “o que é ético” ou “o que é moralmente correto”. Mas esse seria um erro; dharma é muito mais do que isso.

Dharma é visto como um dos quatro puruṣhārthas, ou objetivos da vida humana. Além de dharma, os outros puruṣhārthas são artha, kāma e mokṣha, segurança, prazer e liberação. Na busca de alcançar os objetivos de segurança e prazer, e satisfazer nossos desejos, nos deparamos com a necessidade de fazer escolhas. Expandimos nossa consciência e evoluímos a partir de nossas ações. Para agirmos, precisamos escolher as ações a serem tomadas. Através das escolhas, experimentamos as mais diversas situações de vida. Isto nos aprimora o discernimento, que nos leva a novas escolhas mais elaboradas e conscientes. Aceleramos este processo, quando tornamos nossa atenção plena na ação e passamos a perceber os detalhes das atitudes tomadas. Estejamos atentos e compreendamos cada detalhe de cada ação que escolhemos. E o que nos guia nessas escolhas é o dharma. No início de nossa caminhada existencial, artha e kāma são muito importantes, pois são eles que nos impulsionam a acumular inúmeras experiências e despertar a necessidade de agir com retidão.


Quando não há mais sentido em buscar adquirir coisas para se ter apenas segurança (artha) e agir para conquistar somente o prazer (kāma), então começamos a entender o que é dharma - um sentido em nossas vidas de agir pelo que é justo, bem aplicado e verdadeiro; o caminho do meio e a retidão de Siddhārtha Gautama, o Buddha. Assim se alcança a liberação (mokha). Como disse Mestre Yeshu'a em Mateus, capítulo 6, versículo 33: "Buscai primeiro (primordial ou principal) o Reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas". Buscai principalmente o dharma e serás abençoado com mokha.

Outras tradições, como o Cristianismo, têm conceitos análogos. No Evangelho de João, capítulo 8, versículo 32 um dos mais importantes ensinamentos de Yeshu’a aos seus discípulos é: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Neste versículo, Yeshu’a coloca a verdade como a prática suprema para se alcançar a liberdade. Com a verdade se desenvolve o discernimento e atinge-se a liberação. Mas, para se praticar a verdade, é necessário a construção de uma base sólida que começa com a descoberta de nosso propósito na vida.

Quando descobrimos nosso propósito na vida e avançamos pelo caminho com retidão e firmeza (dharma), criamos dentro de nós a capacidade de atrair o que é necessário ao nosso crescimento e isto nos traz a paz de espírito (śhānti). Entendemos que não precisamos mais invadir o espaço alheio nem tão pouco permitir que nos invadam; não transgredimos e muito menos violentamos as Leis Naturais do Universo (ahiṁsā).  Ganhamos a consciência de que tudo tem uma razão de ser e passamos a ter um grande afeto pela vida, pelos fatos e pessoas de uma forma serena e profunda, aprimorando o aspecto mais nobre do amor – o amor universal (prema). Desta forma, nossa vida passa a ser a mais pura expressão da verdade (satya).  Conscientemente, integramos esses valores humanos dentro de nós, representando de forma primorosa o nosso papel no palco da vida com lucidez e discernimento (viveka), até que alcancemos a liberação (mokha).

No Budismo Tibetano existe o conceito do caminho do meio, a reta conduta expressa no discurso de Siddhārtha Gautama sobre o “Nobre Caminho Óctuplo” do clássico “As Quatro Nobres Verdades” (Cattāri Ariyasaccāni, em pali; Catvāri Āryasatyāni, em sânscrito) e no Dhammapada (Dharmapada, em sânscrito), um dos principais textos do Budismo Tibetano. As quatro nobres verdades são: (1) a verdade do sofrimento; (2) a verdade das causas do sofrimento; (3) a verdade da cessação do sofrimento; (4) a verdade do caminho para a cessação do sofrimento.

Resumidamente a primeira nobre verdade expõe a natureza do sofrimento e o entendimento sobre o sofrimento, ou seja, tomar consciência do que é o sofrimento. A segunda nobre verdade faz uma análise sobre a origem do sofrimento para que não haja recaída no sofrimento, ou seja, o que fazemos que causa a manifestação do sofrimento. Na terceira nobre verdade entende-se de como se libertar do sofrimento, compreendendo o dharma e que, portanto, somente através de nossas ações podemos nos libertar do sofrimento. Finalmente na quarta nobre verdade aprendemos como agir para se libertar do sofrimento, pondo em prática o caminho óctuplo, que é o caminho do meio da reta conduta, a saber: compreensão correta, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta e concentração correta.

Termino com um conselho de Padre Pio. Reflitam: “Aja com retidão, mesmo se parecer que todo o inferno vai se voltar contra você”! Tirem suas conclusões.