A história de Mãe Maria
(em hebraico, Miriam, que significa
“Senhora da Luz”) é envolta em muitos mistérios, desde antes de seu nascimento.
Maria
de Nazaré é certamente a representação da força feminina mais importante de nossa
era, não somente pela missão de trazer Yeshu’a
(Jesus, em sua forma abreviada) ou Yehoshu’a
(Josué, em sua forma longa) ao mundo, mas também, pela forma com a qual educou,
conduziu e sustentou o Mestre até o momento de sua crucificação, demonstrando amor,
fé e sabedoria. Podemos reparar 5 Grandes Iniciações durante a vida de Mãe
Maria.
Para muitos, Maria é vista como a Grande Mãe, a Mãe Divina, uma
santidade; para outros, apenas uma mulher, mãe de Jesus, mas todos a respeitam.
Através de suas manifestações pelo mundo, Maria se identifica de diversas
formas, com variados nomes, tornando-se muito cultuada.
O Nascimento de Maria (1ª Iniciação)
Seu nascimento envolve todo um preparo espiritual
por parte de seus pais. Era necessário, apesar da boa conduta do casal, uma
purificação e um aprofundamento de sua fé. Segundo os registros encontrados,
Maria, filha de Ana e Joaquim, um judeu de posses da região de Nazaré, o qual
sempre oferecia doações aos pobres e oferendas aos templos, foi proibido por um
sacerdote de fazer doações, porque ele não tinha filhos, o que contrariava as
leis judaicas. Por causa disso, Joaquim caiu em profunda tristeza e decidiu
jejuar por 40 dias e 40 noites em uma montanha deserta, dizendo a si mesmo:
"Não voltarei ao lar nem para comer ou beber, até que o senhor venha
visitar-me. As minhas orações me servirão de bebida e comida aqui no
deserto". Um dia, Ana lamentando a ausência do marido, dividida entre a
dúvida da viuvez e a culpa de ser estéril, pedindo um esclarecimento ao Senhor,
recebe a visita de um "anjo" que lhe diz: "Ana, o senhor ouviu
as tuas preces. Eis que conceberás e darás a luz a um filho. E o fruto do teu
ventre será conhecido em todo mundo". No mesmo dia, Joaquim ainda sobre a
montanha, avista dois mensageiros de Deus (anjos) que lhe dirigiram a palavra:
"Joaquim, o senhor ouviu tuas preces. Vá até tua mulher, porque ela
conceberá em seu ventre". Joaquim retornou ao lar e, pouco tempo depois,
Ana engravidou e no dia 8 de setembro deu à luz uma menina – Maria. Devido à
sua natureza angelical, Maria sempre esteve sob a proteção do mundo angélico.
Antes que ela tomasse um corpo físico, o mundo angélico prometeu ajuda-la,
impregnando sua consciência com a Imaculada Concepção, que ela deveria manter
para que o corpo físico de Yeshu’a
pudesse se formar adequadamente.
A Educação de Maria (2ª Iniciação)
Ana dedicou Maria a Deus, construindo um santuário em seu quarto. Ao
completar 3 anos, Maria é levada por seus pais ao templo essênio do Monte Karmel (Jardim ou Vinha do Senhor; karmo = jardim, campo fértil, vinha; el = Senhor) e lá permanece sob a tutela
de Judite (sacerdotisa da comunidade) até os 12 anos de idade. Maria também
recebe grandes ensinamentos sob a tutela de Zacariaḥ,
o Sumo-Sacerdote do templo. Desde o momento em que foi levada ao templo, Maria
viveu num estado de constante Graça, e o Arcanjo Gabriel, quando a encontrava,
a reverenciava, dizendo: “Salve! Maria, cheia de Graça”! Em sua infância, Maria
parecia ser solitária, apesar de brincar com outras crianças. Seus interesses
eram diferentes daqueles no meio dos quais ela convivia. Enquanto outras
crianças brincavam, Maria, em pensamento, embalava o mundo com seus braços
infantis, canalizando o amor da Mãe Divina, através de sua contemplação amorosa.
Nos estudos, ela meditava sobre as profecias do Velho Testamento. Após os doze
anos de idade, Maria recebe treinamento diretamente de Arcanjo Gabriel
referente à castidade, à pureza, ao amor, à paciência e a capacidade de
suportar.
A Concepção de Yeshu’a (3ª Iniciação)
Maria se torna mulher e, antes de se casar com José, recebe a visita do
anjo Gabriel, o qual anunciou à jovem sua concepção através da intervenção do
"Espírito Santo". José era um homem mais velho e seu dever era
proteger Maria, já que era considerada uma alma especial. Mas, ao saber que
Maria estava grávida antes do casamento, José fica atordoado, não acreditando
na fidelidade da virgem Maria. Então, José é visitado por uma entidade
angelical (Arcanjo Gabriel) que lhe esclarece a situação. A partir daí todos
conhecem a história.
O maior mistério atribuído a Maria é sobre a concepção virginal. Os
evangelhos de Lucas e Mateus contam que Maria manteve-se virgem e que Jesus
fora concebido pelo "Espírito Santo", ou seja, a fecundação de Maria
aconteceu de forma "milagrosa", sem a participação de um pai natural.
Mas, para Deus não há milagres, TUDO É POSSÍVEL.
Sabe-se que para que haja uma concepção, é necessário, no momento da
fecundação, a presença de um óvulo (célula procriadora feminina) e de um
espermatozoide (célula procriadora masculina), cada qual com seu material
genético. O óvulo traz em si a energia da terra – receptiva, acolhedora e
nutridora – e o espermatozoide, a energia do céu – ativadora, expansiva e
criativa. São dois polos de igual importância, mas, que para uma encarnação
divina, há necessidade de um material genético perfeito, divino ou celestial.
Era de vital importância, para quem no futuro receberia a manifestação do
Cristo Cósmico, ter um material genético do porte celestial.
A encarnação de um Messias, um Avatāra,
requer, durante a concepção, da inseminação de uma energia totalmente pura no
que se refere à contraparte masculina. José, apesar de ser um homem bondoso e
de mente aberta para a época, não acumulava todas as prerrogativas; aliás,
nenhum outro homem. Tratava-se de uma energia “avatárica”. Maria foi preparada
para tal e sustentava um amor profundo. Sua genética era apropriada e
necessitava de uma genética “avatárica” ou “messiânica” para conceber Yeshu’a, que só poderia advir da descida
do Espírito Santo – a energia suprema. Assim foi concebido Yeshu’a.
A Sustentação da Missão de Yeshu’a (4ª Iniciação)
Apesar do comportamento doce e generoso que Maria demonstrava
ter desde a infância e que a acompanhou durante toda sua vida, ela também foi
uma mulher atuante e participativa. Quando Jesus, aos 30 anos, decidiu sair em
pregação e revelar ao povo que era o Messias, ela continuou muito próxima dele.
Costumava dar conselhos e broncas, mas também tratava de estimulá-lo nos
momentos mais difíceis, quando ele desanimava, sentia medo ou dor. Vamos
lembrar que Yeshu’a, apesar de ser um
Avatāra, um Mashiaḥ (Messias, o Ungido), ele era um humano, feito de carne e
osso. Ela acreditava piamente em tudo o que ele falava e queria ajudá-lo em sua
missão, firme e forte durante toda sua vida.
É certo que Maria faz parte de um grupo de seres
evoluídos que vieram para preparar a chegada de Jesus. É um Ser tão puro, que
recebeu a missão nobre de conduzir Yeshu’a,
o governador da Terra, modelo e guia da humanidade. Maria é sinônimo de amor e
prova disto foi a sua resignação ao presenciar o sofrimento de seu filho, em
nome do Amor pela humanidade. E é por isso que ela desperta tanta simpatia e
admiração entre as pessoas.
Foi uma grande missão e um privilégio para Maria ajudar seu filho, Yeshu’a, a usar suas faculdades para
glorificar a Luz e a Perfeição de Deus, que ele havia se comprometido a apresentar
para a humanidade. José, Maria e Jesus moravam numa pequena e humilde cidade na
Galileia, onde ele conviveu com aleijados, coxos, leprosos, possuídos, enfim,
os doentes da mente e do corpo. Maria sempre ao seu lado, durante a infância,
ensinando-o e incentivando-o a fazer o bem, despertando o seu potencial
messiânico.
Mas, a grande prova para Maria ocorre durante os sete últimos dias de Yeshu’a entre o povo. Após Yeshu’a anunciar sua trajetória rumo à
vitória sobre a morte, Maria faz a unção de Jesus, despertando nele toda a
capacidade messiânica, que seria necessária, para que transpusesse, de modo
triunfal, aqueles momentos de dor, desamor do povo em geral – afinal, foi o
povo que o condenou – e total entrega aos propósitos divinos. Durante estes
últimos dias, Maria ainda o encontra para dar-lhe força, porque o tormento da
tentação era grande. A presença de Maria, como mãe e amparadora de um propósito
divino, durante toda a Via Sacra, até o momento da Vitoriosa Conclusão sobre a
morte, foi primordial para Yeshu’a.
A Ascensão de Maria (5ª Iniciação)
Maria, que já era um ser com consciência unificada e tendo consumado sua
jornada na Terra, foi transubstanciada em corpo de luz, entrando no estado de
consciência unificada glorificada. Maria morava na região rural de Éfeso[1]
(atualmente, uma região da Turquia), no Monte Koressos. Sua casa se localizava neste monte, num terreno em
elevação, à esquerda da estrada que vinha de Jerusalém, a umas três horas e
meia de Éfeso, com vista para o Mar Egeu e para Éfeso. Nesta pequenina casa,
construída pelo Apóstolo João, afastada da comunidade, Maria se isolava, a fim
de se preparar para sua ascensão. Lá ela viveu os últimos nove anos de sua
vida. Pessoas da comunidade levavam-lhe comida, flores e outras coisas
importantes para sua vida solitária. Maria passou aqueles anos em meditação,
analisando sua vida, a trajetória ao lado de seu filho amado, lembranças de
José. Com idade avançada, tornava-se cada vez mais difícil subir aquele monte.
Maria já vivia mais no mundo espiritual do que no mundo material. Neste
período, João era quem mais ficava com Maria.
Nos seis dias finais (10 de agosto; o dia judaico começa ao pôr do sol),
Maria pediu aos apóstolos e pessoas da comunidade que a deixassem a sós.
Durante três noites e três dias permaneceu sozinha, jejuando e orando. Após
estes dias, no dia 12 de agosto, os discípulos e apóstolos vieram ter com ela.
Então, Maria anunciou que estava deixando o mundo físico e que em 15 de agosto
sua ascensão se completaria. Maria abençoou a todos da comunidade e fechou seus
olhos neste mundo, para abri-los primeiramente na presença de José e depois,
então, ver Jesus.
Os discípulos colocaram seu corpo em uma tumba de pedra e lacraram-na.
Três dias depois, 15 de agosto, conscientemente, entrei no Sagrado Coração de
minha Presença, transubstanciando meu corpo em luz. Coloquei dentro da tumba
uma rosa branca para cada um membro daquela comunidade, razão pela qual a rosa
branca é, particularmente, querida aos que tomaram parte naquele Serviço
Crístico. Quando os discípulos abriram a tumba, o corpo já não estava mais ali
e apenas a fragrância das rosas estava em seu lugar.
A Orações do Terço Místico
Vocês encontrarão as clássicas orações católicas um pouco diferentes. Assim
resolvi proceder, para sair do peso que têm algumas frases e que introduzem em
nossas mentes uma eterna dependência a determinadas instituições.
Vocês poderão fazer o Terço Místico usando as orações completas e as
curtas, em latim ou português. No terço clássico se fazem um total de 66 orações
para perfazer todo o terço. No Terço Místico são 72 orações, pois, além de ser
um número de intensa força espiritual, também terminamos o ritual exatamente
onde iniciamos.
CREDO ou CREIO
Creio em Deus Pai-Mãe, o Princípio Único Todo-Poderoso, o Criador
do Céu e da Terra, em Yeshu’a, o
portador do Cristo Cósmico, aquele que encarnou da Luz, o qual foi concebido
pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria, a Mãe Cósmica, e pregou a
doutrina da liberdade e do amor. Enfrentou a arrogância dos ímpios, foi
crucificado e sepultado. Desceu aos infernos e na Santíssima Trindade de
Deus-Pai-Mãe, Filho e Espírito Santo ressuscitou na Glória do Espírito.
Permaneceu entre os apóstolos 40 dias, ascensionou e glorificou-se aos céus. És
o Mediador deste mundo, defensor da eternidade e da virtude suprema, investido
da força de Deus-Pai-Mãe, com o qual despertará na consciência daqueles que são
puros, para separar os justos dos ímpios.
Creio no Espírito Santo, no Santuário de Deus vivo em mim, no
Poder dos Seres de Luz e na Assembleia dos Anjos do Senhor, na remissão da
ignorância, na ressurreição dos seres, na vida eterna. Amém.
Forma curta em latim: CREDO IN DEO UNUM, AETERNUM!
Tradução: Creio em Deus-Pai-Mãe único,
eternamente!
PAI NOSSO
Pai nosso, que estais em tudo que criastes, santificado é o
vosso nome; despertai o vosso Reino dentro de nós, criando vosso Reino de
Unidade pela vossa vontade, unindo o céu e a terra. Dai-nos o alimento
espiritual de cada dia. Perdoai nossa ignorância, assim como nós perdoamos nossos
irmãos ignorantes. Que possamos estar livres dos vícios e tentações,
livrando-nos do mal da ignorância. Pois, sois a fonte de toda vontade, o poder
de toda ação e a glória da luz sublime, eternamente. Amém.
Forma curta em latim: PATER NOSTRUM, LUX UNIVERSALIS, LUX
FULGURANTIS, PRO NOBIS VENITE. ÁMEM.
Tradução: Pai nosso, Luz universal, Luz que
brilha como um raio, venha até nós!
AVE-MARIA
Ave Maria, cheia de Graça! O Senhor é convosco! Bendita sois
Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Yeshu’a. Amada Maria, Mãe Divina, rogai por nós, criaturas de Deus,
agora e na hora da nossa vitória sobre a ignorância, a doença e a morte! Amém.
Forma curta em latim: AVE-MARÍA, GRATIA PLENA, PRO NOBIS
VENITE. ÁMEM.
Tradução: Salve Maria, cheia de Graça, venha
até nós!
GLÓRIA
Glória a Deus-Pai-Mãe, ao Filho, ao Espírito Santo, assim
como era no princípio, é hoje e será para sempre. Vida sem fim (3x)
Forma curta em latim: GLORIAM DEI PER OMNIA SAECULA,
SAECULORUM, SAECULORUM. ÁMEM.
Tradução: Glória a Deus-Pai-Mãe em todas as
ciosas, eternamente e sempre!
SALVE RAINHA
Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, Vida, Doçura e Esperança
nossa. A Vós bradamos os descendentes filhos da terra. Por Vós suspiramos, ó
puríssima Mãe Maria! Eia pois, advogada nossa, desses Vossos olhos
misericordiosos, à nós voltai, e depois deste exílio, que foi a nossa
peregrinação neste mundo de carne, mostrai-nos o Verbo Divino, bendito fruto do
Vosso ventre, ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce Mãe Maria. Rogai por nós, Santa Mãe
Divina, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Forma curta em latim: SALVE REGINA, MATER NOSTRAM!
Tradução: Salve Rainha, nossa Mãe!
CONSAGRAÇÃO A MÃE MARIA
Ó minha Amada Mãe Maria! Eu me ofereço
todo a vós e, em prova de minha devoção para convosco, vos consagro meus olhos,
meus ouvidos, minha boca, meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque
sou vosso, ó incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como filho vosso. Amém.
Forma curta em latim: SALVE MARÍA, TIBI OFFERUM MEIPSUM
Tradução:
Salve Maria, eu me ofereço a você!
O TERÇO MÍSTICO DE MÃE MARIA
Antes de começar o Terço Místico de Mãe Maria, formule uma intenção, ou
seja, alguma Graça
a pedir, alguma virtude a adquirir ou alguma vitória sobre a ignorância, a
doença ou a morte. Faça o Sinal da Cruz, conforme é feito nos cultos orientais,
traçando-o da seguinte maneira: tocam-se, com a ponta dos três dedos unidos
(polegar, indicador e dedo médio) – representação a Santíssima Trindade –, os
outros dois dedos (anelar e mínimo) ficam encostados na palma da mão –
representação das duas naturezas humanas, isto é, a material e a divina. Em sequência
a testa, a região do umbigo (e não o peito[2]),
o ombro direito e o ombro esquerdo, acompanhando o movimento com a fórmula
verbal: Em nome de Deus Pai-Mãe (toca-se a testa e em seguida
a região do umbigo), do Filho (toca-se o ombro direito), e
do Espírito Santo (toca-se o ombro esquerdo). Mãos-à-obra!
Comece pelo Credo, onde está localizada a cruz. Prossiga conforme está na figura acima: Pai Nosso, 3 Ave Marias, Glória, Pai Nosso (onde está localizada a imagem de Mãe Maria, na bifurcação). A partir daqui, começam as Consagrações às Iniciações de Maria. Antes de iniciar as séries de 10 Ave Marias, em cada uma das 5 Iniciações, faça uma reflexão sobre cada uma delas, de acordo com a etapa que se encontra no Terço Místico. No intervalo entre as Iniciações faça as orações Glória e Pai Nosso. As Iniciações estão descritas no início deste artigo.
Ao completar as Iniciações, você terá alcançado a imagem de Maria, na bifurcação do terço. Faça aqui a oração Salve Rainha. Prossiga até a cruz, fazendo as seguintes orações: Pai Nosso, 3 Ave Marias, Glória e Consagração a Mãe Maria.
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