OṀ MAṆIPADME HŪṀ HRĪḤ é o mantra do Buddha da Compaixão chamado de Avalokiteśhvara (o Ser Supremo que zela ou olha para baixo [o mundo]; ava = para baixo; lokita = zela, observa, vê ou olha; Ῑśhvara = Ser Supremo, Senhor) na Índia, Cherenzig ou Tara (aspecto feminino) no Tibete. Na China, é representado pela deidade feminina chamada Kuan Yin. De origem indiana, este mantra ficou bastante divulgado no Budismo Tibetano. Diz-se que Maṇipadma é outro nome, um epíteto, de Avalokiteśhvara. Portanto, neste mantra, invocamos Avalokiteśhvara, a energia da compaixão.
Ao entoar este mantra limpamos nosso campo mental,
emocional, vital e físico. A longo prazo, este mantra dissolve energias desarmônicas (vícios) e reconstrói nossos
centros psíquicos (chakras). Recitar OṀ MAṆIPADME HŪṀ HRĪḤ produz uma boa
quantidade de bom karma e excelentes
benefícios. Aumenta a inteligência e a capacidade de reter o que foi aprendido
e tem um efeito calmante e curativo Veja a tabela:
Em outra interpretação faz-se uma ligação com os seis vícios
que devem ser eliminados pela recitação do mantra,
a saber: OṀ (orgulho), MA (inveja), ṆI
(ambição), PA (ignorância), DME (avareza) e HŪṀ (raiva).
O 14º Dalai Lama interpreta ainda de outra forma: OṀ (atitudes, palavras e pensamentos puros de um bodhisattva), MAṆI (significa “joia” ou “luz” e simboliza o caminho, a prática, a ação ou a intenção de se iluminar), PADME (significa “lótus” e simboliza a sabedoria ou o conhecimento) e HŪṀ (simboliza o que não pode ser dividido ou separado, ou seja, a ação – karma – e o conhecimento – jñana – não se separam para que possamos alcançar a pureza em atitudes, palavras e pensamentos de um bodhisattva).
Muitas escolas dizem que o mantra completo inclui a sílaba HRĪḤ. Esta sílaba encontra-se no meio da maṇḍala
e faz alusão à modéstia, à simplicidade, humildade e vergonha moral, que se
deve ter na prática da ação e no estudo do conhecimento. Também é definida como
a atitude de tomar cuidado e seriedade em relação às próprias ações,
abstendo-se de ações não virtuosas e evitando-se o que é questionável.
Por ter sido muito difundido no budismo tibetano, este mantra é mais recitado em pali – a língua sagrada do budismo
tibetano – que transliterado para o alfabeto românico fica: OM MANI PEME HUM HIRI
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