Este é o período mais
importante e bonito do ano. No
hemisfério sul, estamos em pleno outono, época de dar frutos; enquanto no
hemisfério norte, estamos em plena primavera, período das flores. As flores significam as nossas ações e os
frutos simbolizam as nossas atitudes adequadas ao receber o fruto de nossas
ações. Além disso, maio está sob a
influência, quase que em todo seu período, da constelação de Taurus, e esta,
emana a energia da iluminação, da aspiração divina e da compaixão, para aqueles
que já alcançaram um nível mais profundo de consciência, apesar de que para
aqueles que ainda se encontram num nível mais superficial de consciência, a
energia de Taurus se empobrece e se manifesta como desejos materiais, sedução e
cobiça. Portanto, maio nos chama para
mergulharmos no grande útero cósmico em busca da nossa semente primordial, para
que, diante dela, apresentemos nossas ações, como também, nossas atitudes ao
receber o fruto de nossas ações e a fecundemos com nossas intenções mais nobres
e puras. Isto nos propicia a ligação de
nosso Eu inferior pessoal com o Eu superior impessoal. Desta forma, o mês de maio é dedicado à energia
feminina, que todos, homens e mulheres, trazem dentro de si.
A lua cheia de Áries traz
o aspecto masculino do pai, da ressurreição; é a redescoberta ou renascimento
de uma nova consciência e está consagrada ao Cristo ressuscitado (Festa da
Ressurreição). A energia de Áries é
ardente e impulsiva; ela leva a humanidade ao avanço e progresso, à renovação
do propósito divino.
Já a lua cheia de Taurus,
que normalmente ocorre em maio, traz o aspecto feminino da mãe, do grande útero
ou do cálice sagrado. Na Índia, este mês corresponde ao período chamado de Vaishakha
e que ficou conhecido por nós como Vesak ou Wesak. Essa lua é considerada a de Buddha
(Festa de Wesak), pois homenageia o seu nascimento e fala do
auto-conhecimento, da iluminação e da compaixão. A lua cheia de Taurus é o momento máximo da
fecundidade, onde os três grandes centros do planeta – a Humanidade, a
Hierarquia e a Divindade – se vinculam e se fundem com os centros cósmicos –
estrela Sírius, Ursa Maior (hemisfério norte) ou Cruzeiro do Sul (hemisfério
sul) e constelação de Taurus – liberando assim energias potentes sobre o
planeta Terra. Essas três Grandes Vidas
ou Constelações são canais da energia da iluminação, do amor, da compaixão e do
poder volitivo. Essa época do ano é
única, devido às combinações dessas energias e ao seu efeito sobre a natureza
humana. É nessa época do ano que temos a
oportunidade de fecundarmos em nós mesmos o propósito divino renovado durante a
lua cheia de Áries, para expressá-lo e expandi-lo durante a lua cheia de
Geminis (Festa da Humanidade).
Em outras culturas, o mês
de maio é dedicado pelos católicos a Nossa Senhora (a grande mãe da humanidade,
que promove a irradiação do Amor Divino); pelos budistas a Siddartha Gautama (o Buddha,
que se iluminou pela compaixão); na umbanda, aos Preto Velhos (símbolo da
sabedoria, da bondade e da pacificação).
Outros eventos como libertação dos escravos e dia do trabalho também são
comemorados neste mês e expressam o amor e a compaixão como sentimentos
principais. A data da abolição da escravatura (13 de maio de 1888) indica uma
forte tendência às aspirações da liberdade e da compaixão, enquanto o dia do
trabalho (1º de maio) manifesta a energia do amor, da dedicação, da
fraternidade, da união e da alegria, pois não há trabalho digno sem essas
características. E todas essas energias
representam o aspecto emocional que é feminino. Assim, não é à toa que maio foi
escolhido como o mês das noivas e das mães.
Salve Maria, a Grande
Mãe! Tu és a LUZ DO MUNDO, CHEIA DE GRAÇA!
Salve Buddha,
o Iluminado! Despertai a COMPAIXÃO EM
TODOS OS SERES!
Salve Preto Velho! Iluminai-nos com sua PAZ, SABEDORIA E
BONDADE!
Salve a todos os homens
de BOA VONTADE! Sejais a ESPERANÇA DO
MUNDO!
OM SHANTI
PREMA OM